segunda-feira, 6 de junho de 2011

ESCÂNDALO ABORTA PLANO ELEITORAL DE PALOCCI PARA 2014


“Era só o que faltava. Não bastassem os ataques da oposição, agora o tiro de canhão veio de dentro do próprio governo”, relatou Antonio Palocci em livro. A frase é de 2006, mas poderia ser facilmente reeditada hoje. Naquela época, o então ministro da Fazenda pensava em suceder Lula no Planalto, mas teve os planos dinamitados por um caseiro de Brasília. Narrou sua queda no livro “Sobre Formigas e Cigarras”, publicado no ano seguinte à sua renúncia. Reabilitado no poder como homem forte do governo Dilma, um novo golpe veio em 15 de maio, quando foi revelado o exponencial crescimento patrimonial do chefe da Casa Civil. De lá para cá, Palocci perdeu o apoio político entre petistas e viu ruir, pela segunda vez, seu plano de carreira eleitoral: candidatar-se ao governo de São Paulo. Com o empurrão de Lula, ele se tornou o principal coordenador da campanha de Dilma à Presidência. Foi também com sua bênção que assumiu a gerência política e administrativa do governo.
Nos últimos meses, calculou os passos para recobrar potencial nas urnas. Primeiro, faria uma boa gestão ao lado da presidente. Depois, lançaria-se já em 2014, para tentar tirar do PSDB o maior Estado do país. Para Lula, Antonio Palocci cabia em medidas exatas no figurino “candidato da tradicional classe média”. As resistências no PT ao ministro, expostas sem cerimônia na atual crise, seriam contornadas diante da combinação de dois fatores: a influência de Lula e a necessidade de talhar um candidato “queridinho” nos estratos mais ricos de São Paulo. Se Dilma chegou a ser considerada no PT a ponte para abrir os caminhos da classe média no Estado, Palocci era a personificação desse projeto. Nos anos à frente da Fazenda, fundou no mundo financeiro e empresarial a imagem de pilar da estabilidade macroeconômica. (Folha)

MOBILIÁRIA NEGA TER ALUGADO APARTAMENTO PARA PALOCCI

A empresa Plazza Brasil Imóveis negou neste sábado qualquer relação com o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. Em nota, a imobiliária disse não ser responsável pelo aluguel do apartamento em que vive Palocci, que fica em Moema, na zona sul de São Paulo. Reportagem da revista Veja publicada neste fim de semana afirma que o imóvel, avaliado em R$ 4 milhões, está registrado em nome da empresa Lion Franquia e Participações Ltda., que por sua vez pertence formalmente a dois laranjas. Os donos da Lion, diz a revista, são Dayvini Costa Nunes, de 23 anos, e Felipe Garcia dos Santos, que tem 17, mas foi emancipado no ano passado. Nunes, ainda de acordo com a reportagem, “mora em um casebre de fundos na periferia de Mauá, no ABC Paulista, ganha R$ 700 por mês e teve o celular bloqueado por falta de pagamento”. No comunicado que divulgou hoje, a Plazza Brasil alega que trocou de comando em novembro de 2008, e que não há qualquer informação sobre um contrato de aluguel assinado com Palocci desde então. A empresa não descarta, porém, que seu antigo proprietário tenha ocultado esses dados. (R7)

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