sábado, 17 de outubro de 2009

PF desmonta farsa do grupo Sarney contra Jackson e Julião

A Polícia Federal chegou à conclusão de que não passou de uma farsa o suposto crime eleitoral denunciado por Mimi Cutrim contra o deputado Julião Amin e o então candidato da Frente de Libertação, Jackson Lago, nas eleições de 2006. Por conta desta constatação, o Ministério Público Federal (MPF) requereu o arquivamento do inquérito policial instaurado para apurar o suposto crime eleitoral.
De acordo com a denúncia, o deputado federal Julião Amin (PDT) teria oferecido dinheiro ao ex-prefeito de Olinda Nova, Almir Pereira Cutrim, além de prometer-lhe um cargo de secretário de Estado, em troca de apoio à candidatura de Jackson Lago ao Governo do Maranhão.
A denúncia feita por Mimi Cutrim, na campanha eleitoral de 2006, foi desmentida por todas as pessoas ouvidas em inquérito realizado pela Polícia Federal. O Ministério Público entendeu que os depoimentos dados à PF são uma comprovação de que os fatos aconteceram de modo diverso do que relatado por Mimi Cutrim.
Segundo consta no inquérito da Polícia Federal, foi Mimi Cutrim quem procurou membros da coligação “Frente de Libertação do Maranhão”, dizendo-se magoado com a falta de apoio de Roseana Sarney à sua candidatura de deputado estadual, e que no segundo turno estaria disposto a mudar de lado e apoiar Jackson Lago. A PF concluiu que as gravações de reuniões, que teriam sido feitas por Almir Cutrim, não se revelaram idôneas pela perícia técnica.
O pedido de arquivamento do inquérito é assinado pelo procurador-geral da República, Roberto Monteiro Gurgel Santos, e pela subprocuradora-geral Cláudia Sampaio Marques. Eles argumentam que “dada a ausência de indícios sérios da existência do fato objeto da investigação, o Ministério Público não vê justa causa para a realização de eventuais diligências investigatórias”.
Ao requerer o arquivamento dos autos, o MPF ressalta que, “no período em que a investigação tramitou na Polícia Federal, no Estado do Maranhão, foram realizadas as diligências possíveis para a investigação do fato, sem sucesso”.
O deputado Julião Amin foi ouvido ontem pela reportagem do Jornal Pequeno sobre o pedido de arquivamento do inquérito: “Nós tínhamos a certeza de que seria este o resultado. O que aconteceu, neste caso, foi uma grande trapaça do grupo Sarney usada, à semelhança do caso Reis Pacheco, para tentar enganar o povo do Maranhão. Mas toda esta trama acaba de ser desmascarada agora pela Procuradoria da República”, afirmou Julião.
Ele lembrou que Mimi Cutrim, autor da falsa denúncia, recebeu uma premiação do grupo Sarney: ele foi nomeado assessor especial da governadora Roseana Sarney, logo após a cassação do mandato do governador Jackson Lago. (fonte:Jornal Pequeno)

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