Eleição do MA mais uma vez nos tribunais
A eleição para o governo do Maranhão poderá ser decidida outra vez no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com a desistência do ex-governador Joaquim Roriz da candidatura ao governo do Distrito Federal volta a prevalecer a decisão do TSE pela aplicabilidade da Lei Ficha Limpa nesta eleição. Com isso, a candidatura do ex-governador Jackson Lago permanece na dependência de julgamento do TSE, que ainda não pautou o recurso do Ministério Público Eleitoral e caso não seja julgado na próxima semana o resultado do pleito no Maranhão passa a ser uma incógnita.
A desistência de Roriz também torna nula a decisão do STF sobre o recurso impetrado por Roriz. Num longo julgamento, os ministros criaram um impasse sobre a aplicabilidade da lei, com cinco votos a favor da validade imediata e cinco votos contrários. Com isso, o desfecho sobre o assunto ocorrerá apenas após as eleições, provavelmente depois da nomeação do novo ministro do STF pelo presidente da República.
Para evitar que a decisão sobre o próximo governador do Maranhão recaia outra vez aos ministros do TSE, o candidato do PDT teria que desistir da candidatura e ser substituído por outro nome do PDT. Nos bastidores políticos, a ex-primeira dama Clay Lago, mulher de Jackson, é apontada como principal alternativa.
A tese é defendida por parte da oposição e encontra adeptos entre setores do partido de Jackson. Segundo os defensores da ideia, a influência do presidente do Senado, José Sarney, ainda é grande nos tribunais. Isto, segundo eles, ficou comprovado com a cassação do ex-governador Jackson Lago. O advogado de defesa, ex-ministro Francisco Rezek chegou a classificar a decisão como golpe por meio do Judiciário.
Caso Jackson insista com a candidatura mesmo sem que esta tenha o registro deferido pelo TSE há o risco de num julgamento posterior e os votos serem considerados nulos. Com isso, a eleição poderia ser decidida em primeiro turno em favor de Roseana Sarney, que lidera as pesquisas de intenções de votos. Para isso, a filha de Sarney teria que ter um percentual superior à votação dos demais candidatos somados.
Nesse cenário, há oposicionistas que avaliam com reservas o desfecho da eleição, que, segundo as pesquisas, deverá ser decidida em segundo turno. Mas pode ganhar contornos diferentes, caso a candidatura de Jackson seja indeferida pelo TSE.
todos falam a mesma coisa mais nenum faz
ResponderExcluir