terça-feira, 23 de novembro de 2010

Alunos da Uema realizam protesto contra abandono e descaso do governo Roseana Sarney e fazem enterro simbólico da instituição.




Alunos da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) realizaram, na tarde de ontem (22), um movimento em frente ao Palácio dos Leões (sede do governo do Estado). Os manifestantes protestavam contra o estado de calamidade e abandono em que se encontra a instituição, que há três meses está com o repasse de recursos atrasado.
Entre as reclamações estavam as péssimas condições do Restaurante Universitário (RU), que está em vias de ser fechado, o não pagamento das bolsas para estudantes de graduação e alunos carentes, as obras de reforma do campus que se encontram paradas e a falta de água e as péssimas condições de alguns prédios.
Além disso, os insurgentes queixavam-se dos telefones de departamentos que estão com as linhas cortadas (só recebe ligações) e os servidores terceirizados os quais sem receber seus salários. O movimento teve concentração às 16h na porta do Palácio.
Empunhando faixas, cartazes e bandeiras onde se lia explicitamente “Uema Sucateada”, centenas de alunos entoaram palavras de ordem contra o descaso do governo Roseana Sarney com a instituição. Durante a manifestação, que durou cerca de quatro horas, os manifestantes chegaram a fazer um enterro simbólico da universidade, acompanhado a seguir de um cortejo fúnebre portando velas, faixas prestas e um caixão.



Três viaturas da polícia da Ronda da Comunidade acompanhavam de perto o ato. Depois de muito barulho, uma comissão de estudantes foi recebida pelo reitor José Augusto e pelo Secretário de Ciência e Tecnologia, Lauro Assunção. Na reunião, ficou definido apenas o pagamento das bolsas atrasadas. Quanto às outras pautas de reivindicações, o reitor pediu 15 para fazer uma avaliação e uma nova audiência foi marcada.
Mas o que causou indignação aos presentes o desdém de José Augusto com os pontos reivindicados pela classe. Disse, em forma de deboche, que era injusto os protestos afirmando que os alunos deveriam agradecer por estudar na instituição enquanto milhares estavam fora querendo a mesma oportunidade. Talvez tenha ocorrido um lapso em Vossa Magnificência ao esquecer que a Uema é pública.
Em relação ao restaurante universitário, o reitor contou ser o único do país onde a comida é gratuita, mesmo sabendo o que estava em discussão era a qualidade da comida e a falta de condições na estrutura do RU. Os universitários deram 60 dias para que os problemas da universidade sejam solucionados.

Um comentário:

  1. Que triste o que está acontecendo com a nossa universidade... Não deixemos nunca de lutar e erguer a voz contra tanto descaso e corrupção! É uma vergonha pro nosso estado.

    Estudantes, uni-vos!

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