quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Planalto prevê até 50 traições na votação do minímo

Senado Debruçados sobre a máquina de calcular, os operadores políticos de Dilma Rousseff esquadrinharam a votação do projeto que fixa em R$ 545 o salário mínimo. Há na Câmara 513 deputados. A tropa governista soma, pelas contas do Planalto, algo como 370 votos. Desse total, os matemáticos de Dilma estimaram que entre 320 e 330 votarão a favor da cifra oficial. Se a soma estiver correta, o governo prevalecerá com folgas na votação da noite desta quarta (16). A aprovação do projeto do salário mínimo exige apenas maioria simples –metade mais um dos presentes em plenário. Vai-se revelar, porém, o tamanho da dissidência: na melhor hipótese, cerca de 40 rebelados. Na pior, 50 insurretos. Tomado pelas ameaças, o governo planeja tratar os ‘silvérios’ a pão e água, negando-lhes acesso a cargos e verbas. Considerando-se o histórico de administrações anteriores, é improvável que a tática da intimidação seja levada às últimas consequências. Para ser tomada a sério, Dilma Rousseff teria de mandar ao olho da rua, sem titubeios, o ministro Carlos Lupi (Trabalho), do infiel PDT. De resto, nem toda a infidelidade será explicitada no painel eletrônico da Câmara. Uma parte dos descontentes vai negar o voto ao governo ausentando-se da votação. Depois, arranja-se uma desculpa qualquer.

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